MANUAL DE CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
Dimensionamento da Potência Reativa para Bancos Automáticos
Para o cálculo da potência reativa necessária consultar o
ítem 3.2.2., equação I.
a) Quantidade de Estágios:
Recomenda-se dividir em estágios de no máximo 25 kvar
(380/440V) ou 15 kvar (220V) por estágio do contro-lador,
excetuando-se um dos estágios que deve ter a metade da
potência em kvar do maior estágio para facilitar o ajuste fino
do fator de potência, pois os controladores modernos fazem
leitura por varredura, buscando a melhor combinação de
estágios em cada situação.
Nota: A recomendação de valor máximo para os estágios
não é aleatória. Está baseada em aspectos práticos de
aplicação e permite que se mantenha as correntes de surto,
provocadas pelo chaveamento de bancos (ou módulos) em
paralelo, em níveis aceitáveis para os componentes. Estas
correntes podem atingir patamares superiores a 100 vezes
a corrente nominal dos capacitores, decorrendo daí, todo o
tipo de dano que possa ser provocado por altas correntes
em um circuito qualquer (atuação de fusível, queima de
contatos dos contatores, queima dos resistores de précarga,
além da expansão da caneca do capacitor, com
conseqüente perda deste).
b) Proteção com Fusíveis: Idem item 3.2.6.
c) Contatores de manobra: Vide ítem 9.
d) Proteção contra corrente de surto:
Em bancos automáticos com estágios de potência superior
a 15 kvar em 220V e 25 kvar em 380/440V, utilizar sempre
em série com os capacitores, proteção contra o surto
de corrente que surge no momento em que se energiza
capacitores. Tal proteção pode ser através da associação de
contatores convencionais mais os resistores de pré-carga
(vide anexo D) ou através de contator convencional em série
com indutores anti-surto (vide ítem e) feitos com os próprios
cabos de força que alimentam os capacitores. No caso
de se optar pelo uso de indutores, dimensionar o contator
convencional para regime AC-6b (vide anexo M).
e) Cálculo da Indutância Anti-surto:
Onde:
XC = Reatância capacitiva;
VFF = Tensão fase-fase, em volts;
l = Comprimento do condutor em metros;
d = Diâmetro do condutor em metros;
LC = Indutância do cabo;
XL = 2 . π . f . Lc (Ω) .
Se Is1 ≥ Is2 o capacitor está devidamente protegido, caso
contrário, calcular a indutância necessária para Is1, conforme
equação abaixo:
Conferindo a corrente de surto real com a nova indutância
calculada:
Concluindo assim, Is1 ≥ Is2 .
Para confecção do indutor L de N espiras, utiliza-se a
seguinte expressão:
Onde :
Li = indutância do indutor em μH;
d = diâmetro externo do cabo em m;
S = seção do condutor em m²;
D = diâmetro interno do indutor (desejável no mínimo
0,075m ou 75mm).