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Subestação de entrada de energia - simplificada construida em alvenaria


Objetivo

Este capítulo se destina a orientar os interessados quanto às características das subestações simplificadas construídas em alvenaria, com instalação de um único transformador trifásico com potência de até 300kVA; quanto à localização, construção montagem, aplicação dos materiais e equipamentos padronizados e demais detalhes a serem observados para possibilitar o fornecimento de energia elétrica.

O fornecimento à unidades de consumo com previsão para demanda máxima final de 300kVA em tensão primária de 13,8kV e 23kV pode ser feito por meio de SEE simplificada.

As SEE simplificada construídas em alvenaria destinam-se, portanto, a entradas consumidoras na quais seja suficiente a utilização de apenas um único transformador trifásico com potência máxima de 300kVA.

Quando a rede de distribuição da AES ELETROPAULO for subterrânea ou em região de futura rede subterrânea, ou quando a tensão de rede de distribuição que supre a localidade for 34,5kV a SEE não deve ser simplificada.

Nota: Caso as condições acima não sejam verificadas, a entrada consumidora deve ser dotada de SEE convencional. Ver Capítulo SEE CONVENCIONAL.

Em entradas consumidoras com SEE simplificada em alvenaria, a medição é efetuada na baixa tensão e a proteção geral das instalações, no lado da média tensão, pode ser feita por meio de fusíveis, sem necessidade, portanto, do disjuntor geral e relés.

 

1. SEE simplificada instalação interna

1.1. Construção Civil - localização

a. A SEE simplificada deve ser construída junto ao limite da propriedade com a via pública, no pavimento térreo, em local de livre e fácil acesso e o mais próximo possivel da entrada principal e o ponto de conexão da rede da Distribuidora, de acordo com o NBR-14939 e conforme com os requisitos dos módulos 3 e 5 do PRODIST.

b. É admitido recuo apenas e tão somente por exigência dos poderes públicos e, neste caso, a construção deve ser feita até no máximo o alinhamento da primeira edificação, sendo que a área compreendida entre a via pública entre a via pública e a subestação não pode ser utilizada para qualquer tipo de construção ou depósito de qualquer espécie, sendo que, neste casos, o ramal de entrada deve ser obrigatoriamente no padrão de entrada subterrânea.

Nota: São aceitas justificativas para contruções de SEE recuada do alinhamento, somente para local onde haverá alargamento da via pública, ou próxima à faixa de dominio de rodovias. Para ambos os casos devem ser fornecidos à AES ELETROPAULO documento oficial emitido por órgãos públicos que comprove a necessidade de recuar a instalação da SEE.

c. A SEE pode ser construída no pavimento imediantamente acima ou abaixo do nivel da rua (sempre no alinhamento da propriedade com a via pública), somente se não existir a menor possibilidade de ser instalada no térreo, mediante apresentação de justificativas à AES ELETROPAULO. Em ambos os casos o local deve ser de livre e fácil acesso e o mais próximo possível da entrada principal.

d. Atendendo ao prescrito no item "b" acima, a SEE pode ser construída:


  • Em locais situados no interior de outras edificações ou a elas agregados, porém, em qualquer caso, a SEE deve ser construída no nível da rua ou, excepcionalmente e mediante justificativa à AES ELETROPAULO, em pavimento imediatamente acima ou abaixo do pavimento de acesso principal da edificação;
  • Em locais isolados de outras edificações;
  • O recuo, quando permitido, será de no máximo 25 metros de percurso de condutor, contados a partir do ponto de entrega até chave seccionadora de entrada instalada no cubículo de medição;
  • O ponto de entrega situar-se-á na conexão deste ramal com a rede aérea (ligação das muflas);
  • Na área compreendida entre a via pública e à see deve ser previsto um corredor, sobre todo o percurso do eletroduto de entrada, com 2.500mm de largura de área não edificante, onde esta área não pode ser utilizada para depósito de qualquer espécie;
  • Na utilização desta alternativa, é sugerida a instalação de duto reserva para o ramal de entrada, a ser projetado e construído segundo orientação da AES ELETROPAULO.

Nota1: As SEE projetadas para serem instaladas abaixo do nível do solo ou no primeiro pavimento, quando permitida, devem atender o disposto na norma ABNT NBR-14.039.

Nota2: SEE instaladas em locais sujeitos a inundações devem atender ao exposto na nota anterior, e possuírem equipamento de manobra com isolamento integral em SF6, instalado como primeiro equipamento da entrada, e sendo previsto no sistema de desligamento atuado pela elevação no nível de água até um patamar seguro de operação dos equipamentos da SEE.

Às instalações construídas no pavimento imediatamente acima ou abaixo do nível do solo, ou afastadas do alinhamento do imóvel com a via pública, que se encaixem nas condições prevista no item "b." na ocorrência de defeitos nos condutores do ramal de entrada, a AES ELETROPAULO poderá prestar atendimento provisório de emergência, desde que as condições técnicas e de segurança assim o permitir.

1.2. Características

Qualquer que seja o local de sua instalação, a SEE deve ser inteiramente construída com materiais incombustíveis. As paredes devem ser de alvenaria e o teto deve ser de laje de concreto, ambos com acabamentos apropriados, de acordo com as prescrições da ABNT NBR-14.-039. Ver desenhos 5 e 6.

1.3. Dimensões

A área da SEE deve ser suficiente para instalação dos equipamentos e sua eventual remoção, bem como para permitir livre circulação dos operadores e execução de manobras.

A altura livre interna, pé-direito, deve permitir a adequada instalação dos equipamentos, tendo em vista suas alturas e as distância mínimas a serem observadas. Em função da tensão nominal, o pé-direito não pode ser inferior aos seguintes valores:


  • 13,8kV -> 3.500mm
  • 23kV -> 4.000mm

A altura externa, em entradas aéreas, deve ser suficiente para que os dispositivo de fixação do ramal de ligação sejam instalados de modo que os condutores obedeçam ao afastamento mínimo de 6.000mm em relação ao solo.

Nota: De modo geral, as dimensões da construção devem permitir que sejam observados, nas montagens eletromecânicas, os afastamentos mínimos entre as partes energizadas de todos os equipamentos, bem como os afastamentos mínimos relativos aos condutores. Vide tabelas 1 e 2 item 3 e desenho 5.

1.4. Porta de Acesso

Deve ser de chapa metálica, devidamente aterrada, com dimensões mínimas de 800 x 2.100mm. Deve ter sentido de abertura para fora, provida de trinco e cadeado, e ter afixado uma placa contendo a inscrição: "PERIGO DE MORTE - ALTA-TENSÃO", e os símbolos indicativos desse perigo.

O acesso a SEE deve ser feito pelo interior do imóvel não sendo permitida a instalação de porta de acesso voltada diretamente para via pública.

Nota: Em instalação industriais, quando instaladas em paredes, que façam divisa com recintos internos de outras edificações ou de grande circulação de pessoas, a porta de entrada deve ser do tipo corta-fogo (mínimo P90), a menos que nas subestações sejam utilizados unicamente transformadores a seco.

1.5. Janelas para Ventilação e iluminação

As janelas inferiores ("aberturas"), destinadas à ventilação natural permanente, devem ter dimensões mínimas de 500 x 400mm; a base destas janelas deve distar 200mm do piso interno e o mínimo de 300mm do piso externo. Estas janelas devem ser providas de venezianas fixa, cujas lâminas devem ser de chapas de aço ou alumínio, dobradas em forma de chicana (V invertido, ângulo de 60o).

As janelas superiores, destinadas à ventilação natural permanente e à iluminação, devem ter área mínima de 1,00m2;o topo desta janela deve distar, no máximo, 200mm do teto e a sua base, o mínimo de 2.000mm do piso externo. Esta janela deve ser provida de venezianas fixas, formadas por lâminas de vidro de no máximo 150mm de altura, e sua posição na parede da SEE, deve ficar fora da faixa em que, internamente, são fixados os barramentos e dispositivos da média tensão do ramal de entrada.

Todas as janelas devem ser protegidas externamente por grades de tela metálica com malha máxima de 13mm e resistência adequada.

Nota1: Qualquer janela não pode ser instalada em parede que faça divisa com recintos internos a edificações e áreas de grande circulação de pessoas, exceto quando forem utilizados transformadores a seco.

Nota2: Na impossibilidade de ser conseguida ventilação natural suficiente, deve ser instalado, também, sistema de ventilação forçada conforme prescrições das normas específicas da ABNT, com sistema de captação e exaustão comunicando-se ao meio externo à edificação.

Nota3: Além da iluminação natural, a SEE deve ser dotada de iluminação artificial, obedecendo aos níveis de iluminamento fixados pela ABNT NBR-5413, e iluminação de segurança, com autonomia mínima de 2 horas.

1.6. Cubículo de Segurança

A área da SEE onde se situam as instalações de média tensão deve ser delimitada por um cubículo, conforme indicado nos desenhos 5 e 6.

O cubículo deve ser construído com grades de tela metálica de resistência adequada e malha máxima de 25mm.

As grades devem ter, em relação ao piso, alturo mínima de 1.800mm a sua parte inferior distância máxima de 300mm, conforme indicado nos desenhos 5 e 6.

As grades que compõem o cubículo devem ser fixadas por meio de dispositivos que permitam sua fácil remoção. As grades da parte frontal devem ser articuláveis a 90o além de removíveis, e devem ter sentido de abertura para fora, conforme indicado nos desenhos 5 e 6.

1.7. Disposições Gerais

a. Na área ocupada pela SEE não deve haver passagem de tubulações de gás, água, esgoto, telefone, ar-condicionado etc.

b. Não é permitida a instalação de caixas e painéis de baixa tensão e banco de capacitores no interior da SEE além das previstas nos desenhos que compõem esta Instrução.

c. Caso seja necessária a construção de escada, ou rampa, exclusiva para acesso à SEE localizada em outro nível, que não o nível do solo, essa escada, ou rampa, deve ser fixa e constituída de materiais incombustíveis; deve ter inclinação adequada e ser provida de proteção nas laterais. Não é permitida a utilização de escadas do tipo marinheiro ou caracol. (ABNT NBR-9077)

Nota: A escada, ou rampa, de acesso não deve ter seu desenvolvimento no interior das SEE.

d. As SEE devem ser convenientemente protegidas e impermeabilizadas contra a penetração e infiltração de águas em seu interior.

e. A laje de cobertura, quando sujeita à ação das chuvas, deve possuir declividade e beiral (pingadouro), conforme desenho 5 e deve ser convenientemente impermeabilizada.

Nota: A declividade da laje de cobertura deve ser direcionado de modo que as águas pluviais não sejam dirigidas para o lado das buchas de passagem, em entradas aéreas, nem para o lado da porta de entrada da SEE.

f. As SEE devem ser construídas de acordo com as normas e dispositivos regulamentares da Construção Civil sob a responsabilidade de um profissional habilitado; devem atender aos requisitos técnicos de estabilidade e segurança; devem ter bom acabamento.

2. Montagem Eletromecânica

Deve obedecer ao prescrito na norma ABNT NBR-14039 e os itens a seguir, devendo ser observadas, também, as condições indicadas nos desenhos 5 e 6, sendo que todos os materiais e equipamentos a serem utilizados devem estar de acordo com as especificações contidas no Capítulo dos MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PADRONIZADOS.

O dimensionamento e instalação dos condutores de baixa tensão bem como a taxa de ocupação do eletroduto deve atender à ABNT NBR-5410.

2.1. Ramal de Ligação

2.1.1. Ramal de ligação, ramal de entrada subterrâneo e barramentos

Devem ser observadas, nas montagens eletromecânicas das SEE simplificadas de instalação interna, as prescrições indicadas nos itens 2.1., 2.2., 2.3. e 2.4., e respectivos subitens, do Capítulo SEE CONVENCIONAIS.

2.2. Proteção na Média Tensão - Fusíveis e Para-Raios

Deve atender às prescrições da ABNT NBR-14.039, e às disposições estabelecidas a seguir:

A proteção das instalações de baixa tensão deve ser feita de acordo com as prescrições da ABNT NBR-5410. Para qualquer potência de transformação, é obrigatória a utilização de disjuntor como proteção da baixa tensão;

O disjuntor geral anteriormente descrito deve possuir intertravamento elétrico com a chave seccionadora tripolar de ação simultânea da média tensão, exceto quando a referida chave for para abertura sob carga.

a. Fusíveis

Os fusíveis, a serem utilizados para proteção geral das instalações, devem ser do tipo limitador de corrente e de corrente nominal compatível com a potência do transformador de serviço, conforme tabela abaixo.


Corrente Nominal do Fusível [A]
Potência Nominal do
Transformador [kVA]
Tensão Nominal
3,8kV 13,8kV 23kV
45 16 6 2.5
75 20 6 4
112,5 32 10 6
150 40 10 8
225 63 20 10
300 63 25 16

Nota: Para instalação do dispositivo fusível, devem ser observadas as indicações do item 2.4. deste Capítulo.

b. Para-Raios

A proteção de componentes das instalações elétricas contra sobre tensões transitórias (surtos) deve ser feita com a utilização de para-raios, cujas características estão indicadas no item 2. do Capítulo dos MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PADRONIZADOS, observando-se o prescrito na NBR-14039, da ABNT, da ABNT, e o seguinte:


  • Nas subestações com ramal de entrada subterrânea, devem ser instalados três para-raios (um por fase) diretamente ligados aos condutores no interior da SEE, logo após o terminal interno do cabo subterrâneo, conforme indicado no desenho 6;
  • A ligação dos para-raios à malha de aterramento deve ser feita com cabo de cobre, seção mínima de 25mm2, com isolação na cor verde ou nu, se for instalado em eletroduto este deve ser de PVC, independente dos demais condutores de aterramento, tão curto e retilíneo quanto possível e sem emendas ou quaisquer dispositivos que possam causar sua interrupção, observando-se que na haste da malha, utilizada para essa ligação, não devem ser conectados quaisquer outros condutores de aterramento.

2.3. Aterramento

2.3.1. Eletrodo de aterramento

A eficiência do eletrodo de aterramento da subestação depende da sua distribuição espacial e das condições locais do solo, o projetista deve selecionar um eletrodo adequado à tensão de contato máxima admissivel pelo anexo A da ABNT NBR-14.039.

A adequação do eletrodo de aterramento com a tensão de contato máxima deve ser comprovada por cálculo ou medição. Se for por cálculo, este deve estar em conformidade com a ABNT NBR-15.751.

O memorial de cálculo ou relatório de medição deve fazer parte da documentação do projeto conforme estabelecido na seção 3.1. do Capítulo de SOLICITAÇÃO DE FORNECIMENTO.

Para que o eletrodo de aterramento esteja em conformidade com a tensão de contato estabelecido máxima admissível, ele deve constituir uma malha sob o piso da SEE, no mínimo um anel circundando o perímetro da edificação. Esta malha deve ser composta de cabo e hastes verticais.

As hastes verticais devem conforme a ABNT NBR-13.571, ser de alta camada, isto é, com uma camada de cobre com espessura mínima de 254 µm, e um comprimento mínimo de 2 metros. O número, o comprimento e o distanciamento das hastes influenciam na tensão de contato e devem ser definidas no projeto da malha, no entanto é recomendado que o distanciamento entre as hastes não seja inferior ao valor do comprimento das hastes.

O cabo deve ser de cobre nu com seção nominal definida pelo cálculo, e não deve ser inferior a seção mínima de 50mm2 estabelecida pela ABNT NBR-14.039. Os cabos devem ser enterrados a uma profundidade mínima de 0,60m.

Para a conexão entre cabos ou entre cabos e haste deve ser usada preferencialmente a solda exotérmica, quando não for possível o seu uso, pode ser usado conector e, neste caso, toda conexão deve ser feita em caixa que permita a sua inspeção, a qualquer tempo.

A malha deve ser construída de forma permitir a sua desconexão do sistema elétrico para medição, sendo que as medições devem ser feitas em conformidade com a ABNT NBR-15.749.

2.3.2. Condutores de Proteção

Os condutores de aterramento devem ser tão curtos e retilíneos quanto possível, sem emendas ou quaisquer dispositivos que possam causar sua interrupção.
As conexão entre os condutores de aterramento e sua malha devem ser feitas no interior de caixas de inspeção, por meio de conectores apropriados, não sendo permitido o uso de solda mole.

Todas as partes metálicas (massas ou elementos condutores estranhos a instalação, como, por exemplo, portas e janelas), não destinadas a conduzir corrente devem ser aterradas por meio de condutores de cobre, seção mínima de 25mm2, interligados a condutor de aterramento de mesmo tipo e seção.

2.3.3. Barramento de Equipotencialização Principal - BEP

O PEN deve ser interligado com a malha de aterramento, empregando-se para esse fim, um condutor de cobre com isolação para 750V na colocaração azul clara até um terminal de cobre tipo (BEP), onde deve ser conectado. Este terminal de interligação neutro-terra deve ser instalado fora do recinto do transformador, sob a caixa de medidores, e deve ser ligado diretamente à malha de aterramento. Os cabos isolados ou os barramentos devem ser identificados pela cor azul clara. Vide desenhos 5 e 6.

2.3.4. Aterramento das Blindagens dos Cabos

As blindagens metálicas dos cabos subterrâneos devem ser devidamente aterradas, obedecendo ao prescrito na norma ABNT NBR-14.039 e às recomendações do fabricante, sendo que ambas as extremidades dos cabos do ramal de entrada devem ser ligadas ao PEN da AES ELETROPAULO. Não é permitido o aterramento nos condutores de saída dos para-raios.

Nota: O aterramento dos para-raios deve ser feito conforme indicado no item precedente, 2.2.b., deste Capítulo.

2.4. Base Fusível e Chave Seccionadora

a.Base Fusível

A base fusível (dispositivo fusível), específica para fusíveis do tipo limitador de corrente deve ser instalada no cubículo de segurança, junto ao transformador de serviço, conforme ilustram os desenhos 5 e 6.

A instalação da base para fusível do tipo HH deve permitir a manutenção sem o uso de escadas, ou seja, a altura dos fusíveis em relação ao piso acabado deve ser no máximo de 1.500mm.

b. Chave Seccionadora

A montagem da chave seccionadora tripolar, dotada de dispositivo para comando simultâneo das três fases por meio de punho ou bastão de manobra e de engate seguro que impeça sua abertura acidental deve ser instalada, fisicamente independente da base fusível.

A altura da instalação deve ser determinada de forma que, estando as chaves abertas, à parte que permanece energizada fique, no mínimo, a 2.900mm do piso. Vide desenhos 5 e 6.


Tensão Nominal [kV] NBI
[kV]
Capacidade de Corrente Nominal [A]
da base fusível da chave selecionadora
13,8 95 100 200
23 125

Em conformidade com a norma ABNT NBR-14039, a instalação de chaves deve ser feita de forma que as partes móveis fiquem sem tensão quando as chaves estiverem abertas, bem como de forma a impedir que a ação da gravidade possa provocar seu fechamento. Chaves que não possuam características para operação em carga devem ser sinalizadas com placas de advertência, instaladas de maneira bem visível junto aos pontos de manobra, contendo a inscrição: "ESTA CHAVE NAO DEVE SER MANOBRADA EM CARGA". E possuir intertravamento elétrico com o disjuntor geral da baixa tensão.

2.5. Transformador de Serviço

O transformador a ser utilizado deve atender às exigências das normas da ABNT (NBR-5356 e outras), e apresentar as seguintes características:

a. Deve ser instalado apenas um transformador trifásico e possuir os enrolamentos do primário ligados em delta;

b. Deve ter o secundário ligado em estrela, neutro aterrado, com as tensões nominais de 220/127V, 380/220V ou 440/254V;

c. A potência deve ser de no máximo 300kVA;

d. As buchas secundárias devem ser envolvidas por uma caixa metálica (invólucro) inviolável e com dispositivos para selagem, com chapa mínima no 16. Vide desenhos 5 e 6 e figura 1;

No caso de utilização de transformador a seco deve ser prevista uma caixa metálica em torno dos barramentos de baixa tensão e outras caixa de material isolante, ambas devem ser incioláveis, sendo que a caixa metálica deve ser provida de dois dispositivos para lacres.

As caixas acima descritas devem ser instaladas e ensaiadas pelo fabricante do transformador a seco, e em suas instalações, seguindos da apresentação de documentação e responsabilidade pela instalação da caixa, expedida pelo próprio fabricante.

Além da proteção descrita, os barramentos do secundário devem ser isolados desde a saída da bobina até o interior da caixa.

Não será tolerada a instalação de tal dispositivo, de outra forma que não seja a descrita na Figura - 1 abaixo, uma vez que, se projeta e instalados de forma inadequada pode vir a provocar danos no transformador e acidentes.

Caso não seja possível atender estas recomendações, se torna inviável a instalação de SEE Simplificada em alvenaria, devendo neste caso, substituir o tipo de subestação projetada em alvenaria por um conjunto blindado homologado pela AES ELETROPAULO, ou ainda, utilizar o padrão para SEE Convencional.

e. Em consonância com as tensões nominais, indicadas no item 4. do Capítulo das CONDIÇÕES GERAIS PARA FORNECIMENTO, são sugeridas, no enrolamento de média tensão (primário) dos transformadores, as derivações indicadas na tabela 3 (item 4);

f. A taxa de ocupação do eletroduto deve atender ao item 6.2.11 da ABNT NBR-5410;

g. Quando a subestação de transformação fizer parte integrante da edificação residencial e/ou comercial, o transformador a ser utilizado deve estar de acordo NBR ABNT-14.039.

Nota1: O transformador de serviço deve ser instalado no cubículo de segurança da SEE (vide item 1.1.6. deste Capítulo), sobre base de concreto.

Nota2: A bucha X0 deve ser conectada ao aterramento geral.

Figura - 1 Detalhe da caixa com dispositivo para lacres no secundário do transformador a seco.

Especificação Técnica da Caixa Lacre:


  • Caixa metálica em chapa de aço SAE 1006 #16;
  • Barramentos do secundário isolados em resina epóxi;
  • Proteção dos barramentos secundários com material isolante e resistente a impactos;
  • Parafusos diagonalmente opostos para fixação da tampa metálica e inserção de lacre.

2.6. Medição

A medição é feita no lado da baixa tensão; os equipamentos necessários (transformadores de corrente e medidor) são dimensionados e fornecidos pela AES ELETROPAULO, devendo ser observado o seguinte:

a. Transformadores de Medição

São empregados três transformadores de corrente (TC), cuja instalação, conforme indicações nos desenhos 5 e 6, deve ser feita em caixa tipo "T" especificada no item 4.2. do Capítulo dos MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PADRONIZADOS. Observar que os três transformadores de corrente devem ser previamente instalados, com adequada disposição e fixação, em chapa de aço no16, e o painel, assim montado, devem ser fixados no fundo da caixa tipo "T".

b. Caixa do Medidor

A caixa do medidor, especificada no item 4.1. do Capítulo dos MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PADRONIZADOS, deve ser instalada de acordo com as indicações mostradas nos desenhos 5 e 6.

c. Cabos da Medição

Para a interligação dos transformadores de medição ao medidor devem ser instalados, interligando a caixa de medição com a caixa dos TC, dois niples com arruelas e buchas; em cada eletroduto, ou em cada niple, devem ser instalados um cabo blindado, de 4 (quatro) veias identificadas pelas cores vermelho, azul, branco e marrom (ou amarelo) ou por numeração, e seção nominal de 4,00mm2 de acordo com especificação abaixo.

As extremidades dos condutores devem ser decapadas em aproximadamente 2cm e serem devidamente estanhadas de forma que permitam a conexão segura ao bloco de aferição.

A blindagem dos cabos de controle deve ser rigidamente aterrada somente do lado da caixa de medidores.

d. Eletroduto entre o Transformador de Serviço e a Caixa "T"

Deve ser instalado eletroduto de aço galvanizado a fogo a quente, para proteção dos condutores de baixa tensão, interligando a caixa invólucro das buchas secundárias, do transformador de serviço, e o compartimento que aloja os transformadores de corrente na Caixa "T".

Nota: O condutor PEN deve ser instalado, mesmo que não seja utilizado o condutor neutro na instalação consumidora. Quando forem adotados circuitos em paralelo, deve ser instalado um condutor PEN em cada eletroduto.

3. Afastamentos Mínimos Instalação de Equipamentos

Os afastamentos mínimos indicados nas Tabelas 1 e 2 devem ser observados para todos os componentes das instalações elétricas e devem ser considerados entre superfícies externas vivas, e não entre eixos.

3.1. Tabela 1


Equipamentos Instalados em Subestações Convencionais
e Subestações Simplificadas de Instalação Interna
Tensão Nominal [kV] Afastamentos Mínimo
fase - fase [mm] fase - terra [mm]
Até 13,8 200 160
23 300 200

Afastamentos Mínimos Ramais de Ligação

3.2. Tabela 2


Afastamentos Mínimos para os Condutores do Ramal de Ligação
Itens de referência a serem observados Tensão Nominal [kV] Projeção
Até 13,8 23
[mm] [mm]
Em relação ao nível do solo 6.000 6.000 Vertical
Entre os condutores no ponto de fixação em paredes 600 600
Em relação ao limite de propriedade de terceiros 2.000 2.000 Horizontal
Em relação a qualquer edificação 2.000 2.000
Em relação a janelas, sacadas, marquises, escadas e terraços 2.000 3.000
4. Tensões Sugeridas para Transformadores

4.1. Tabela 3


Tensão Nominal [kV] Derivações sugeridas no enrolamento primário [kV]
3,8 3,985 - 3,785 - 3,585 - 13,8 - 13,2/12,6
13,8 13,8 - 13,2 - 12,6
23 24,0 - 23,0 - 21,9/20,9

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